
Tínhamos vida, tínhamos chama, tínhamos calor,
de dois corpos unidos só resta uma dor.
Cremado aos poucos com o desgaste da paixão
me queimo em brasa, por não sentir mais as tuas mãos.
Minha pele te sente e te toca mesmo sem ver
Nos nossos lençóis, querosene pegando fogo
no meio da cama você, ardendo com outro corpo.
Não é o meu Eu que queima e assa com o Teu
apenas respiro a fumaça daquilo que um dia foi meu.
Engulo o meu orgulho e dou adeus as minhas histórias,
lembrando de nós nos momentos de glória.
Caí no fundo do abismo do mundo
sem ar, sem par e sem pensar em revidar.
Na caverna sem luz eu podia enxergar minha vida
largada e vazia, sem ida e nem vinda.
Sem saber tinha pânico dentro do meu coração
ele batia bem leve, não aguentava mais emoção.
Me sento e espero de bom grado você voltar;
te dou várias chance, te ligo, chamo e nada você me dá.
Vou ás nossas cinzas dizimar os meus ambientes
queimo tudo o que antes me deixava contente.
Nossas lembranças não aquecem mais meu coração
me recupero aos poucos, não querendo mais ficar no chão
Como uma fênix revivo das sombras de nossas memórias
ainda me lembro de te, mas o passado não mais me incomoda
Ainda dentro de mim encontro as cinzas de nós dois
delas eu saí mais forte e mais firme do que um dia o nosso amor foi
Minhas marcas de queimaduras não causam mais dor
são apenas provas no meu corpo de que nunca você me amou.
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